Publicado em 21/02/2022 às 12:11, Atualizado em 21/02/2022 às 20:17
O programa de fomento à agricultura familiar mantido pela Prefeitura de Sidrolândia garante redução de 25% nos custos de insumos como calcário e cama de frango. Na semana passada o secretário-adjunto de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, Edno Ribas, acompanhou duas viagens de ida e volta, de 120 km, com o caminhão que levou de Campo Grande até os lotes no núcleo Alambari, 24 toneladas (12t por viagem) de cama de frango, adubo orgânico que vai fertilizar quatro hectares de canteiros de hortas.
Uma carga de 12 toneladas de cama de frango, suficiente para adubar dois hectares, custa RS 2.700,00 entregue no assentamento. Com o apoio da Prefeitura, este custo cai 30%, uma economia de R$ 700,00 por viagem. Quem tem esta conta na ponta do lápis é o assentado Clemente de Oliveira, do Alambari CUT, que há 10 anos se dedica a produção de verduras e legumes numa área de um hectare. "Sem este apoio da Prefeitura seria complicado", reconhece Clemente que conta também com ajuda do município para o escoamento da sua produção até o Ceasa para ser comercializada.
O assentado, João de Melo, do Alambari /Fetagri, estava só aguardando a chegada da carga de adubo orgânico para refazer os dois hectares irrigados onde por muito tempo cultivou hortaliças. Como passou por problemas de saúde, abandonou há dois anos a horticultura e substituiu por milho. Vai retomar a produção com o plantio de 600 pés de alface, que vai vender para um supermercado da cidade. Em outros dois hectares, tem 300 pês de limão.
Fomento
Conforme levantamento da Ceasa (Central de Abastecimento), ano passado Sidrolândia foi o município de maior produção de hortigranjeiros no Estado. Os pequenos produtores sidrolandenses entregaram e venderam na Central 750 toneladas, superando Campo Grande e Terenos.
Do volume comercializado, 600 toneladas, 80 % da produção, teve o escoamento até a Capital custeado pela Prefeitura, economia de R$ 700,00 por mês referentes a quatro fretes para cada um dos 65 produtores, reunidos em duas associações (do Eldorado e do Capão Bonito) beneficiados pelo programa coordenado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente.
Sivaldo Azevedo Sales, do Capão Bonito, reconhece que sem o apoio da Prefeitura seria inviável escoar a produção até Campo Grande. Já José cultiva dois hectares de horta e planta seis hectares de mandioca. Em cada viagem, são levadas para a Ceasa de 150 a 200 caixas com abobrinha, jiló, maxixe, quiabo, pimenta dedo de moça, limão, mandioca amarelinha, dentre outros itens.
A Prefeitura mantém duas linhas de transporte, compreendendo as regiões do assentamento Eldorado e Campão Bonito II até o Barra Nova. As coletas são realizadas aos domingos e quartas na região do Eldorado e as quintas na região do Capão Bonito II e Barra Nova.
Frete do calcário
Além de custear o escoamento até a Capital da produção de verduras e legumes, a Prefeitura custeou frete do calcário na correção do solo dos lotes de 470 assentados. Um dos beneficiados é Pedro Rodrigues, que consegue uma produção diária de 110 litros. " O frete dobra o custo do calcário. Com a ajuda da Prefeitura, consigo reverter o dinheiro do frete para compra de uma carga adicional ", explica.